O Sindicato dos Empregados no Comércio de Rio Grande ampliou os esforços para reverter os danos financeiros provocados às entidades de representação sindical. Em sua entrevista, o presidente do Sindicato dos Comerciários de Rio Grande, Paulo Arruda, explicou que a entidade foi duramente castigada pelos efeitos das medidas de desmantelamento da organização sindical tomadas durante os governos Michel Temer e Jair Bolsonaro.

A Reforma Trabalhista de 2017, no período Temer, e os quatro anos de desastre do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, reduziram drasticamente o número de trabalhadores filiados a sindicatos, que atualmente é o menor da história do Brasil. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ao final de 2022, pela primeira vez, o Brasil fechou o ano com menos de 10 milhões de sindicalizados – 9,1 milhões, exatamente. Hoje tem apenas 9,2% de empregados associados a uma entidade de classe.

A frágil situação financeira dos sindicatos piorou com Bolsonaro na presidência. Foi quando acabaram editadas novas regras para recolhimento da contribuição sindical, minando o poder de representação dos trabalhadores. O desmonte da estrutura sindical, explica Arruda, surgiu com o estabelecimento de Medida Provisória condicionando a colaboração do trabalhador à autorização prévia e voluntária do empregado.

Reinventando o Sindicato

A pandemia veio em seguida, agravando o quadro de dificuldades do desmantelamento financeiro da organização sindical e o drama do afastamento dos trabalhadores. O dirigente enaltece o papel dos empregados no comércio, que mesmo sob elevada exposição ao vírus, estiveram na linha de frente. De lá para cá, o Sindicato dos Comerciários vem trabalhando para superar a maré negativa e continuar a missão de fortalecer as lutas pela categoria. Diante do enfraquecimento da estrutura sindical, Paulo Arruda anuncia medidas para resistir a tudo isso. “Estamos trabalhando para que possamos nos reinventar como entidade de representação dos comerciários”.

Nos últimos meses, a sede do Sindicato dos Comerciários já passa por reformas, qualificando os espaços de seu complexo administrativo da Rua General Bacelar, assim como o salão e estrutura social, localizado na Rua República do Líbano. O sindicato também aposta no incremento da informação como peça importante para as mudanças que se impõem ao momento, lançando seu moderno site, ferramenta valiosa para manter os comerciários bem informados e mobilizados. “Um sindicato representa a proteção dos direitos individuais e coletivos, mas sua estrutura precisa ser dotada das condições ideais para prestar um bom serviço”, disse o presidente da entidade, Paulo Arruda.

Fonte: Jornalismo SECRG

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